Como infelizmente a imaginação não abunda, e temos tendência para imitar os outros, resolvi hoje dar início a esta coisa a que chamam um blog. E digo que imito porque a idéia apenas me surgiu por frequentemente visitar os blogs dos meus queridos manos Mimi (
Chocolate) e Chico Castor (
Blogre), e da minha amiga há-muito-perdida-e-recentemente-reencontrada Inês Maria (
Cabelos ao vento), caso contrário manter-me-ia na ignorância deste mundo que dá a conhecer as novidades, e às vezes os pensamentos mais fúteis que a todos nos atrevessam o espírito diáriamente. E confesso que foi a idéia de poder partilhar esses ditos pensamentos fúteis que me atraiu. Porque é que não havemos de poder dizer o que nos vai na mona, se nos apetecer, mesmo correndo o risco de parecermos por vezes uns completos atrasados mentais (aos olhos, obviamente, de quem não nos entende)?
Ora bem, uma Joalhinha, no meu entender, é nada mais nada menos, que uma Joaninha. O termo foi inventado pela minha sobrinha e afilhada, Maria, cujo cérebro ninguém entende como funciona, mas que invariavelmente apresenta raciocínios que muitos de nós gostaríamos de ter. Com apenas 6 anos, ela entende que certas palavras não fazem sentido como são, e como tal devem ser adaptadas à realidade que representam, para terem um uso mais objectivo, e eventualmente (julgo eu, que julga ela) serem mais facilmente compreendidas. Assim, e graças a ela, cá em casa já todos compreendemos e até certo ponto adoptámos o termo Comichar.
"Comichar é aquilo que fazemos quando temos comichão", explica a Maria no seu Português único, mas perfeito desde os 2 anos de idade. E contra factos não há argumentos, há que admitir que a moça tem razão, e de facto Comichar faz muito mais sentido do que Coçar.
Claro que, o cérebro dela de certeza que tem muito mais neurónios que os nossos e, por isso mesmo, ainda não consegui perceber qual será a explicação para "Joalhinha", mas tenho a certeza que ela existe.
Chamo-me Joana.
Quando nasci, foram oferecidos aos meus pais alguns objectos com Joalhinhas, com o objectivo de me serem passados como "herança", quando tivesse idade para achar graça a tais coisas. Não se tratavam de brinquedos, mas sim de objectos de porcelana (na sua maioria).
Durante os meus primeiros anos de vida, que me lembre, nunca houve muita tendência para me oferecerem outras Joalhinhas. Ocasionalmente uma aqui, outra ali, mas confesso que provavelmente nunca lhes liguei muito, pois tenho uma memória de elefante, e não me lembro de tal alguma vez ter acontecido, embora esteja certa de que terá ocorrido.
Há cerca de 7 ou 8 anos atrás, gerou-se uma moda entre os meus entes mais próximos, que entretanto se estendeu aos meus amigos também, levando a que neste momento eu seja a feliz proprietária de uma colecção de, nada mais nada menos, 167 Joalhinhas. Acho eu. Provavelmente são mais.
Ando sempre acompanhada de uma que eu própria desenhei, e que mandei tatuar no pulso, e que terá dado origem a esta onda Joalhesca, que não terminará nunca.
Joaninha, Ladybug, Ladybird, Coccinella, Cocinelle, Mariquita, entre muitos outros, são alguns dos termos usados em várias linguas para designar este insecto tão mignon, de nome científico
Coccinella septempunctata, pertencente à familia dos cocinelídeos, com corpo semi-esférico, cabeça pequena, patas muito curtas e asas membranosas muito desenvolvidas, protegidas por uma carapaça quitinosa. Há cerca de 4500 espécies dentro deste grupo, distribuídas por 350 géneros, distinguíveis pelos padrões de cores e pintas da carapaça.
As joaninhas são predadores e alimentam-se de afídeos, moscas da fruta e outros tipos de insectos. Uma vez que a maioria das suas presas causa estragos às colheitas e plantações, as joaninhas são consideradas benéficas pelos agricultores.
NÓS ESTAMOS CÁ É PARA AJUDAR!!! :))))
Infelizmente diz que na Europa só existem cerca de 100 espécies, o que me vai obrigar a viajar muito, na esperança de conhecer mais algumas das minhas homónimas. E que chatice que vai ser!
Etiquetas: joalhinhas