Brokeback Mountain
Sim, fui ver. Bonito. Lindo mesmo. Tem uma edição de som fabulosa e, a pouca música que tem, enche as medidas.
Só foi pena ter perdido metade dos diálogos, à força de não me conseguir concentrar, por causa de duas aves raras que, depois de entrarem atrasadas, resolveram ocupar os lugares ao nosso lado, passar todo o filme a comentar as coisas mais estúpidas e a rirem-se que nem umas parvas. Não só deviam achar que a restante população não sabe ler, porque passaram o tempo a repetir alto o fim das legendas, como conseguiram fazer durar um pacote de pipocas até ao último minuto. Como se isso não bastasse, faziam questão de comer cada pipoca em três dentadas, porque não lhes devia caber na boca. Pouco me faltou para lançar uma perna sobre o lugar ao lado e dar uma biqueirada na testa de cada uma, com os meus sapatinhos novos que ainda estão rijos. Sorte a delas. A conclusão? Estavam com os copos. Só pode. Niguém faz figuras daquelas de livre e espontânea vontade.